Fila por UTIs no Paraná chega ao segundo maior patamar desde o início da pandemia
A fila por leitos de UTI no Paraná alcança o segundo maior patamar desde o início da pandemia do coronavírus. Atualmente, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 698 pessoas aguardam a transferência para uma unidade de terapia intensiva. O indicador só é menor do que o registrado no pico de 17 de março, quando 708 pacientes com quadros graves da covid-19 estavam na fila por um leito de alta complexidade.
O número de pessoas na fila de espera em 31 de maio era cinco vezes maior do que no início do mês. O aumento da demanda por internações é um reflexo direto do crescimento de casos confirmados de coronavírus. A partir da última semana de abril, e durante as três primeiras semanas de maio, o Paraná registrou um aumento significativo de novas infecções.
O descontrole da pandemia afetou todas as regiões do Estado. Atualmente, todas as regiões do Paraná apresentam uma taxa de ocupação de UTIs superior a 95%. Na região noroeste, dos 262 leitos reservados para a pandemia, restam apenas oito livres, o que leva a uma ocupação de 97%.
Por outro lado, a taxa de reprodução eficaz do coronavírus começa a dar sinais de queda, sobretudo devido aos decretos municipais que impuseram restrições severas em algumas regiões do Paraná. Enquanto o governo estadual decretou regras difusas, alguns prefeitos decidiram apertar as medidas restritivas para evitar a circulação das pessoas e, consequentemente, do vírus. Ontem (31), a taxa R do Paraná foi calculada em 0,87, o que prenuncia um recuo nos indicadores da pandemia.
Reportagem: Angelo Sfair