O Paraná prevê vacinar 80% da população acima de 18 anos com a primeira dose até agosto. A nova data pretende acelerar em um mês o cronograma divulgado pelo Governo na semana passada. O calendário visa equiparar as diferenças nas faixas etárias em relação a cobertura dos grupos prioritários. Enquanto Curitiba chega nesta sexta-feira (25) na faixa etária de vacinação para quem tem 48 e 49 anos, Paranaguá, por exemplo, está imunizando a população geral com 29 anos ou mais. O Estado alega que pretende acabar com a diferença causada na distribuição dos imunizantes entre as cidades.

Essa desproporção na distribuição das vacinas foi apontada pela BandNews FM em uma reportagem no dia 17 de junho. Naquele momento, entre os três maiores municípios do Paraná, Curitiba era o que menos recebia imunizantes contra a Covid-19, na proporção de vacinas por habitante. O cenário deixava claro que algumas cidades estavam adiantadas na vacinação se comparadas a capital. Naquela semana, o Governo respondeu dizendo que haviam outros critérios para a distribuição dos imunizantes além da proporção vacina por habitante.

Já nesta quarta-feira (24), quando a estratégia foi tomada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foi decidido reequilibrar a imunização da população geral por idade. O secretário de Saúde, Beto Preto, afirma que o Estado quer garantir que todos os municípios estejam no mesmo quadro de vacinação até o final do mês de agosto.

Ele ainda completa que a mudança não aconteceu por causa de Curitiba. 

Com essa estratégia, a previsão é de que apenas 20% da população geral acima de 18 anos precise ser vacinada em setembro, o que possibilita um adiantamento do calendário de imunização.

Em resposta a matéria da BandNews FM da última semana, sobre a desproporção na distribuição de vacinas, o Secretário de Saúde Beto Preto, anunciou uma auditoria para que o Tribunal de Contas do Paraná pudesse identificar possíveis falhas na distribuição de vacinas entre os municípios. O governo estadual ainda solicitou a criação de um grupo de trabalho, com apoio da Controladoria-Geral e do Ministério Público, após críticas de gestores municipais.