Com previsão de custo final de cinco reais, a vacina contra a Covid-19 em desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná busca investimentos. Em camundongos, o imunizante apresentou anticorpos comparáveis aos da vacina de Oxford/AstraZeneca. Por enquanto, a pesquisa está na etapa anterior a de testes em humanos, em que se verifica a capacidade da vacina de produzir respostas imunes.

Quando os testes em pessoas começarem, a expectativa é que quando eles começarem, a população já esteja vacinada contra a Covid-19. Assim, a probabilidade é que os testes sejam em menores de 18 anos, mediante autorização da Anvisa, conforme explica o professor da UFPR, médico veterinário e pesquisador, Breno Castello Branco Beirão. 

Depois, a tendência é testá-la em já vacinados que precisem de um reforço. Além disso, as variantes da doença criam a necessidade de vacinas atualizadas, segundo o pesquisador.

Inicialmente, a pesquisa conseguiu um financiamento de R$ 230 mil, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). O valor deu o pontapé inicial ao estudo. Após a divulgação dos dados preliminares, o Governo do Estado investiu no imunizante e, nesta semana, o Tribunal de Contas do Estado anunciou um investimento de R$ 18 milhões de reais.

O farmacêutico e bioquímico, professor da UFPR e pesquisador, Emanuel Maltempi, lembra que o investimento feito na vacina paranaense não é comparável ao obtido por grandes laboratórios que já têm os imunizantes no mercado. Além disso, a tendência é que o valor aumente com a evolução do estado.

Os recursos do TCE, que têm o repasse previsto para a semana que vem, serão utilizados para a construção de um laboratório nos padrões da Anvisa. A expectativa é que a vacina esteja pronta em maio do ano que vem. O financiamento coletivo acontece pelo site: vacina.ufpr.br

Reportagem: Larissa Biscaia