Após 75 dias, o número de casos ativos de coronavírus reconhecidos em Curitiba está abaixo de 7 mil. Na conta entram apenas os registros confirmados por exames laboratoriais. No pico mais recente, no final de maio, a capital registrou quase 11 mil infectados simultaneamente. Apesar do recuo, os atuais 6.950 casos ativos estão muito acima da meta de 5 mil registros anunciada pela Secretaria Municipal da Saúde ao decretar a bandeira amarela no início de julho. Os piores resultados da pandemia foram registrados em dezembro de 2020 e março de 2021, quando Curitiba ultrapassou a marca de 14 mil casos ativos.

A diminuição do indicador é consequência da diminuição das infecções pelo coronavírus na capital. A média móvel de casos confirmados por dia chegou a 593, uma queda de mais de 21% na comparação com 14 dias atrás. O número ainda é maior do que a capital registrava em abril, antes do último pico de maio, mas segue em tendência de diminuição. A média móvel de mortes por complicações da covid-19 também está em baixa. O índice atual, de 14 óbitos por dia, é 30% menor do que o registrado duas semanas atrás, e o mais baixo desde fevereiro.

Ainda em relação aos indicadores da pandemia, outro dado positivo de julho é a taxa de positividade dos exames RT-PCR. O dado mostra quantos testes para coronavírus confirmam o diagnóstico da doença. Altas taxas de positividade indicam que o vírus circula de forma descontrolada e que há muitos casos subnotificados, da mesma forma que revela a incapacidade de rastrear os pacientes infectados.

Curitiba, como praticamente todo o Brasil, nunca conseguiu fazer um controle eficaz do coronavírus porque os contatos próximos dos pacientes contaminados não são testados ou isolados preventivamente. Segundo a OMS, um dos indícios de que a pandemia pode estar sob controle é a manutenção da taxa de positividade dos exames abaixo de 5%. Em Curitiba, esse índice é de 21,9%. O número é muito alto, mas é o menor desde outubro de 2020 e o terceiro menor desde junho do ano passado.

Em relação à taxa de reprodução eficaz do coronavírus em Curitiba, um alerta: cresce desde 8 de julho.

Reportagem: Angelo Sfair