Com 29 casos e 12 mortes, já não é mais possível definir a origem da transmissão da variante delta do coronavírus no Paraná. Conforme nota assinada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a mutação está em plena transmissão comunitária e vem atingindo pacientes sem histórico de viagem, ou de contato com outro viajante.

De acordo com o secretário estadual da saúde, Beto Preto, a variante delta possui alerta da Organização Mundial da Saúde e é considerada preocupante, por alterar o comportamento do coronavírus, ao apresentar um potencial elevado de contágio.

Foram confirmados, ainda, 16 novos casos da variante delta e mais 6 óbitos. A Região Metropolitana de Curitiba é a mais afetada, com 15 casos e 4 óbitos. No acumulado, o Paraná anota 29 casos e 12 mortes pela cepa que teve origem na Índia, em outubro do ano passado.

Em alerta publicado nesta quarta-feira (28), o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM) enfatizou o avanço da vacinação no estado e a queda da ocupação de leitos hospitalares, mas lembrou que apesar das reduções é preciso manter os cuidados básicos como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social.

Apesar da propagação da variante delta, a cepa gama P1, de origem brasileira, segue como a predominante no Paraná. A mutação não possui alerta junto a organismos internacionais, mas pesquisas científicas têm apontado que a variante é mais contagiosa, quando comparada com a primeira versão do coronavírus.

Reportagem: David Musso/Leonardo Gomes