Em menos de nove meses, o Paraná registrou mais do que o dobro do número de casos e o triplo de mortes provocadas pela Covid-19 em todo o ano passado. Os dados constam em boletins divulgados diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e apontam para uma alta de quase 260% no número de óbitos e 142% dos diagnósticos.

Para o infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Julival Ribeiro, a circulação cada vez maior de variantes da doença influenciou na alta dos casos e mortes, já que as mutações deixam o vírus mais infeccioso.

Nos primeiros meses de pandemia, de março até 31 de dezembro do ano passado, haviam sido registrados no estado 413.412 casos de Covid-19 em todo o estado, com um total de 7.912 óbitos em decorrência da doença. Já neste ano, de 1º de janeiro até ontem (terça-feira, 17), os números chegam a 1.002.576 casos e 28.469 óbitos.

O infectologista alerta para a transmissão comunitária da variante Delta no Paraná – mutação essa que já é comprovada como mais transmissível que o vírus original.

O Paraná contabiliza 56 casos da variante Delta e 18 óbitos desde o começo da investigação da circulação no Estado. A transmissão dessa cepa já é comunitária.

Além disso, na última sexta-feira (13) o Paraná confirmou o primeiro caso da variante Lambda. Ao contrário da Delta, designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “variante de preocupação”, a Lambda é uma “variante de interesse”.

Reportagem: Larissa Biscaia