Mais de 200 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso no Paraná, diz indicador

 Mais de 200 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso no Paraná, diz indicador

Mais de 200 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso no Paraná. O número corresponde a 6% das vacinas aplicadas em todo o estado, desde o início da campanha de imunização. A conclusão consta em estudo inédito divulgado pela Fiocruz, nesta quarta-feira (29). No total, são 222.911 pessoas que excederam o intervalo recomendado pelo fabricante, para a aplicação da dose de reforço.

O médico infectologista e professor do curso de medicina da Universidade Positivo, Marcelo Ducroquet, diz ser fundamental o respeito ao intervalo entre as doses. Ele comenta que esse prazo é o que demonstrou maior eficácia nos estudos clínicos desenvolvidos pelo fabricante da vacina.

As pessoas que receberam a primeira dose da Coronavac respondem pelo maior número de atrasados. São 90.420 pessoas no Paraná que não receberam a segunda dose desse imunizante, o que corresponde a 20% das doses desse fabricante aplicadas. A vacina envasada no Brasil pelo Instituto Butantan, tem o menor intervalo de aplicação entre doses – de 28 dias.

Já o imunizante Covishild/Astrazeneca tem 121.455 pessoas com a segunda dose em atraso no estado. O número corresponde a 8,5% de todas as vacinas desse fabricante aplicadas.

O imunizante da Pfizer é o que tem o menor número de pessoas com a segunda dose em atraso. São 11.046 pessoas que perderam o prazo da aplicação do reforço – 0,6% das doses aplicadas. Recentemente, o Ministério da Saúde reduziu de 12 para 8 semanas, o intervalo entre doses dessa vacina.

O médico infectologista destaca que apesar de uma ligeira diminuição na eficácia, receber a segunda dose em atraso não causa um efeito colateral adicional.

Em Curitiba, a Fiocruz aponta que são 19.505 pessoas com a segunda dose em atraso. O número corresponde a 8% do total de todos os atrasados no Paraná.

Mesmo com um número expressivo, de mais de 200 mil pessoas com aplicação do reforço atrasada, o Paraná tem o menor indicador do sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, a ‘taxa de atraso’ é de 7,5%, em Santa Catarina o indicador está em 6,5%. Em todo o Brasil, a taxa de atraso é de 11%.

Diante desse cenário, o médico ressalta que pior do que atrasar a aplicação do reforço é não buscar a segunda dose. Ele reforçou a importância de as pessoas não desistirem da vacina.

O estudo da Fiocruz considera as vacinas aplicadas desde o início da campanha de vacinação no país, até o dia 15 de setembro. O relatório considera dados oficiais, divulgados pelo Ministério da Saúde. É a primeira vez que um estudo nacional é realizado para medir a aderência na vacinação contra a Covid-19.

Reportagem: David Musso

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