Curitiba bateu um recorde da pandemia do coronavírus ao ultrapassar, pela primeira vez desde o início da crise sanitária, mais de 15 mil casos ativos de covid-19. O boletim desta segunda-feira (31) da Secretaria Municipal da Saúde registrou 15.766 pacientes doentes simultaneamente, um aumento de 43,5% na comparação com duas semanas atrás. O número de casos ativos de coronavírus na capital vinha em trajetória de queda desde setembro de 2021 até o feriado de Natal, quando cerca de 700 pessoas estavam com a doença.

O cenário começou a se agravar na última semana de dezembro. No entanto, foi em janeiro que a curva saiu do controle. Os casos ativos passaram de 1.400 para 14 mil em 30 dias. Ontem (31), no último dia de janeiro, eram 15.766 pessoas na fase ativa da doença. O número é subestimado, uma vez que entram na conta apenas aqueles com a doença confirmada por exames laboratoriais.

O aumento do número de pessoas doentes acarretou no crescimento expressivo da média de mortes relacionadas à covid-19. Embora, atualmente, grande parte da população adulta de Curitiba já esteja imunizada com pelo menos duas doses da vacina anticovid, o alto número de contaminados fez com que a média de óbitos também aumentasse.

Apesar do cenário crítico, a média móvel de óbitos é cinco vezes menor do que a registrada durante o antigo recorde de casos ativos. Em março de 2021, quando os casos simultâneos em Curitiba superavam os 14 mil e a campanha de vacinação ainda era incipiente, a média de mortes diárias por covid-19 passou de 40. Só no dia 15 de março foram 57 óbitos divulgados pela prefeitura. Atualmente, a média é de oito óbitos diários, com o recorde mais recente de 11 mortes no dia 27 de janeiro.

Reportagem: Angelo Sfair