O andamento das obras da Linha Verde, que já duram 15 anos, é tema de audiência na quarta-feira (16) na Câmara Municipal. O secretário de Obras, Rodrigo Rodrigues, foi convocado e deve ser questionado pelos vereadores, principalmente sobre a última rescisão contratual com as construtoras responsáveis pelas obras.

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura desfez o contrato com o Consórcio Estação Solar, formado pelas empreiteiras Vale das Pedras e Construtora Triunfo, devido a atrasos no cronograma do lote 4.1, na região Norte da cidade. O prazo para a conclusão do trecho de quase 3 quilômetros era novembro do ano passado, mas na data apenas 20% da obra estava concluída.

A rescisão obriga o Executivo a fazer nova licitação para o término do trecho, por ora sem data de conclusão, porém, a previsão é que o lançamento do edital aconteça neste mês. A situação tem motivado diversos debates na Câmara e um grupo de vereadores chegou a propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Linha Verde, mas até o momento não conseguiu as 13 assinaturas necessárias para a instalação da CPI.

É a segunda vez que a Prefeitura de Curitiba rescinde o contrato do lote 4.1 da Linha Verde, que compreende o trecho entre a Estação Solar e a Atuba, já na divisa entre Curitiba e Colombo. A licitação desse lote foi vencida pela Terpasul, que assumiu o canteiro de obras em novembro de 2018 e desistiu dele em agosto de 2019, após ter concluído somente 4,16% dos serviços contratados.

Feito o distrato com a Terpasul, o Executivo convocou o Consórcio Estação Solar, que havia ficado em segundo lugar na licitação. As empreiteiras retomaram as obras em dezembro de 2019, quatro meses depois da saída da Terpasul, e tinham 720 dias para concluir a obra, que não foi cumprido. Nesse período, segundo o Executivo, a Vale das Pedras e a Triunfo foram notificadas 95 vezes do atraso antes da rescisão do contrato pela prefeitura.

Diante desse cenário, a prefeitura informou que as obras da Linha Verde Norte devem ser concluídas no início de 2024, desde que todos os prazos sejam cumpridos até lá.

Por Leonardo Gomes