Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional apontam para o aumento do número de crianças abaixo do peso em Curitiba. Em dois anos, o índice de pessoas de zero a cinco anos em situação de “déficit nutricional” passou de quatro e meio por cento para quase sete por cento. A evolução foi notada entre 2019 e 2021, período em que todo o Brasil viu aumentar as taxas de desemprego e fome.

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional também observou o aumento das crianças obesas na faixa etária de cinco a nove anos. No mesmo período, houve um avanço de seis pontos porcentuais, passando de 16% para 22%.

Os anos que antecederam a pandemia mostravam certa estabilidade dos indicadores de obesidade e desnutrição. As variações observadas de 2019 para cá podem indicar que a crise sanitária e econômica acelerou ou criou novas tendências, além de ter aumentado a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, os anos de pandemia também reduziram os dados públicos sobre o peso dos curitibanos de todas as faixas-etárias. O   relatório técnico alerta que a base de dados é inferior aos anos anteriores. Apesar disso, também foram notados aumentos dos índices de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, e de adultos de 20 a 59 anos.

Reportagem Angelo Sfair