Em cumprimento da decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), Fernando Francischini (União) toma posse HOJE (segunda-feira, 6) pela manhã na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Na última semana, Marques devolveu o cargo ao político ao entender que a cassação, decidida pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2021, foi ilegal. Francischini foi condenado por propagação de fake news após atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

O deputado bolsonarista foi eleito em 2018 com mais de 427 mil votos. A devolução de mandato deve provocar uma “dança das cadeiras” na Alep. Ao menos três nomes, além de Francischini, devem retornar ao Legislativo: Emerson Bacil, Do Carmo e Cassiano Caron, todos eleitos em 2018 pelo antigo PSL, atual União Brasil. Com isso, as mudanças afetam diretamente os atuais deputados: Adelino Ribeiro (PAT), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (DEM) e Pedro Paulo Bazana (PV), que assumiram os cargos após a condenação de Francischini.

A posse nesta segunda-feira (6) ocorrerá às vésperas de julgamento do plenário do STF que deve analisar a decisão liminar do ministro Nunes Marques. A sessão foi convocada pelo presidente da corte, ministro Luiz Fux, após pedido de Cármen Lúcia. Ao justificar o requerimento, a ministra disse entender que a análise do caso é urgente. A ministra é relatora da ação em que um dos suplentes de Francischini, o deputado Paulo Bazana (PV), ataca a decisão de Nunes Marques. Ele é um dos políticos que perde o mandato com o retorno de Francischini.

A sessão extraordinária do STF vai acontecer no chamado plenário virtual, que não permite o debate oral entre os ministros, mas apenas o protocolo de votos escritos. As peças vão poder ser protocoladas pelos julgadores das 0h até as 23h59 de AMANHÃ (terça-feira, 7).