Sesa confirma segundo caso de varíola do macaco no Paraná
Os pacientes estão sendo monitorados e cumprem isolamento em casa
Foi confirmado o segundo caso de varíola do macaco (monkeypox) no Paraná. O paciente, um homem de 27 anos, é de Curitiba e tem histórico de viagem recente para a Europa. No domingo, outro homem de 31 anos, também de Curitiba, teve diagnóstico confirmado para a doença. Ele havia viajado para São Paulo entre 16 e 18 de junho. Os pacientes estão sendo monitorados e cumprem isolamento em casa. Os contatos diretos deles também são acompanhados e orientados para evitar que a infecção se torne um surto. A monkeypox é uma zoonose. A transmissão de pessoa para pessoa acontece principalmente pela pele, quando existe o contato direto com as secreções das bolhas e feridas. Também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados ou por secreções respiratórias liberadas ao tossir ou espirrar. O principal sintoma que caracteriza a doença, segundo a infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Ahrens, são as lesões de pele.
A coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção e Imunizações do Hospital Pequeno Príncipe, Heloisa Giamberardino, explica que em geral a varíola do macaco não evolui para casos de maior gravidade, mas o que preocupa é a dificuldade para o diagnóstico, tendo em vista que o período de incubação é longo e as primeiras erupções são discretas.
O que preocupa médicos de todo o mundo e a Organização Mundial da Saúde é o aumento rápido no número de casos e a possibilidade de termos uma nova pandemia. Por isso a orientação é que todos se mantenham alertas.
Em todo o mundo, a OMS confirma mais de 6 mil diagnósticos da doença em 58 países. No Brasil, o Ministério da Saúde confirma cerca de 80 casos. Além das medidas preventivas, a infectologista Camila Ahrens considera imprescindível que o país se prepare para evitar o avanço da doença.
No Paraná outros dois casos suspeitos são investigados. São dois homens, um de Londrina e outro de Cascavel, ambos com histórico de viagens. Os testes para detecção da doença foram encaminhados para análise em um laboratório de São Paulo.
Reportagem Vanessa Fontanella