A mulher acusada de injúria racial na Câmara Municipal de Curitiba já está em liberdade. Ela foi detida ontem (quinta, 08) após comentários preconceituosos, de cunho racista, contra um funcionário terceirizado do Legislativo.

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O homem negro faz parte da equipe de vigilância patrimonial e procurou a Diretoria de Segurança da Câmara para relatar o ocorrido. Ela estava na Câmara para participar de uma audiência pública. As ofensas foram proferidas quando a mulher chegou ao local e abordou o funcionário. Testemunhas afirmam que, entre as frases ditas, estavam: “ainda bem que tem um preto aqui” enquanto era atendida e, ainda: “por isso que eu não gosto de feijão preto”. Após a ocorrência ser relatada, a mulher foi retirada da audiência pública e levada até a delegacia por uma equipe da Guarda Municipal.

A Câmara disse que “o caso foi reportado à Polícia Civil para averiguação e possível enquadramento como racismo” e que o funcionário vai receber “todo o apoio institucional” durante a investigação.

O delegado Pedro Filipe de Andrade, que agora conduz a investigação, explica que, na interpretação do delegado que estava de plantão durante o atendimento, não houve configuração de flagrante e, por conta disso, a mulher foi liberada sem que ao menos pagasse fiança. À polícia, ela disse que tudo não passou de brincadeira.

A Câmara reforçou que “repudia o racismo ou qualquer outro tipo de discriminação” e defendeu “um encaminhamento exemplar, para que situações deste tipo cessem”. O Legislativo ainda reafirmou o apoio aos funcionários terceirizados, “para que se sintam amparados para denunciar casos de racismo e quaisquer tipos de discriminação”.

O servidor foi acompanhado por um procurador jurídico, que é membro da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil. Tanto a mulher quanto o segurança foram intimados para que prestem depoimento na delegacia na próxima segunda-feira.

Reportagem: redação.