O número de acidentes elétricos deve aumentar significativamente no fechamento do anuário da Associação Brasileira para a Conscientização dos Perigos com a Eletricidade, Abracopel.

A entidade está na finalização do levantamento, que traz dados de 2022 e deve ser divulgado em breve.

A expectativa é que os números disparem e atinjam o patamar alcançado antes da pandemia, em 2019. De acordo com o diretor executivo da associação, o engenheiro eletricista, Edson Martinho, o crescimento é reflexo da retomada econômica, que deixou a população mais exposta.

De acordo com o último levantamento da entidade, o primeiro semestre do ano passado trouxe números preocupantes. Foram 949 ocorrências entre choque elétrico, incêndio e descarga atmosférica (raio). 384 pessoas morreram no período.

A região Nordeste continua sendo a campeã quando o acidente envolve choque elétrico. Em segundo lugar, as regiões Sudeste e Sul empataram com 92 ocorrências, e os estados do Sul fecharam o semestre com 59 óbitos. Edson Martinho recomenda que a melhor forma de reduzir os números é estar em alerta com as instalações elétricas.

Em 2021, no mesmo período, foram 759 registros. Em 2020, 741; e, em 2019, 826 acidentes. Ou seja: o primeiro semestre de 2022 ultrapassou a cota, com folga, do último triênio, de acordo com a Abracopel.

Alerta com tempestades

As frequentes tempestades de verão colocam em alerta os cuidados para evitar acidentes com descargas elétricas. Os raios podem levar até a morte, além de causar prejuízos em vários serviços, como iluminação pública.

De acordo com os últimos dados da Associação Brasileira para a Conscientização dos Perigos com a Eletricidade, Abracopel, 28 casos foram registrados em todo o país no primeiro semestre do ano passado, sendo que 21 pessoas morreram por causa desse tipo de acidente elétrico.

O diretor executivo da associação, o engenheiro eletricista, Edson Martinho, recomenda que é preciso buscar um local seguro, principalmente se você estiver em um lugar aberto, como em uma praia.

Ele alerta ainda dos riscos que envolvem aparelhos eletrônicos com áreas molhadas, como em piscinas.

Outro dado que chama atenção na pesquisa da Abracopel é o aumento dos incêndios originados por sobrecarga de energia e posterior curto-circuito. Em 2019, foram 260 casos de incêndios oriundos de sobrecarga elétrica; em 2020, 287; e, no ano passado, 288. O levantamento engloba todo o Brasil.

Confira a reportagem especial de Lorena Pelanda: