O último boletim da Fiocruz sobre casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) mostra estabilidade no Paraná. O dado indica que, no geral, não foi percebido aumento ou diminuição do número de casos no estado. No entanto, todas as regiões estão com número de casos no nível alto, acima do nível epidêmico, segundo a publicação. 

10 estados e o DF apresentam sinal de crescimento nas últimas 6 semanas, entre eles o vizinho Mato Grosso do Sul, mas há uma queda na curva nacional. Na análise da Fiocruz, isso acontece porque houve diminuição de casos de graves de covid-19 nos estados de RJ e SP, somada à interrupção da tendência de crescimento em outros estados do país.

Curitiba está entre as capitais que tiveram queda de casos nas últimas 6 semanas, mas, nas 3 semanas anteriores à publicação do boletim, houve estabilidade.  A Fiocruz recomendou, no entanto, cautela na interpretação destes dados, já que o impacto das celebrações de final de ano só vão aparecer nas próximas semanas.

O Paraná ainda tem uma macrorregião que demonstrou crescimento de 75% nos casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave nas últimas 3 semanas. Ela inclui as regiões Oeste, Sudoeste e parte da região Centro-Sul do estado.

A Fiocruz ainda indicou que nas últimas 4 semanas, a maior parte dos quadros da Síndrome causadas por vírus foram por infecção com o SARS-CoV-2. O vírus da covid-19 foi responsável por 78,3% dos casos. 11,1% foram infectados pelo vírus sincicial respiratório e apenas 0,8% estavam com algum dos tipos de Influenza, o vírus da gripe.

Entre os óbitos, a covid-19 aparece com parcela ainda maior , ou seja é a doença mais perigosa, 96,1% das mortes causadas pelo quadro respiratório grave era de pacientes de covid. O relatório indica ainda que no Paraná, assim como nos outros estados da região Sul, em SP e no DF, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças de 0 a 4 anos foi causado predominantemente pelo vírus sincicial. 

Amanda Yargas