Proposta pede portas giratórias em escolas e creches
O objetivo é dificultar a entrada de armas de fogo e armas brancas
Uma proposta pede a instalação de portas giratórias com detector de metais nas escolas e creches de Curitiba. O texto é uma indicação ao Poder Executivo e foi protocolado antes do ataque que deixou quatro crianças mortas em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, na semana passada.
O objetivo é dificultar a entrada de armas de fogo e armas brancas, como facas, estiletes e canivetes. É o que explica o autor, o vereador Sidnei Toaldo (Patriota).
No entanto, o Supremo Tribunal Federal considera a medida inconstitucional. É o que pondera o vereador Dalton Borba (PDT).
Outras indicações sobre o tema devem entrar em pauta nas próximas sessões. Um projeto de lei prevê a instalação de botões do pânico em escolas e CMEIs da cidade. A medida foi adotada pelo município de Londrina, no norte do estado, na última sexta-feira (07). Os gestores têm acesso ao aplicativo que aciona imediatamente as forças de segurança, em caso de suspeita de ataque.
Para a pedagoga e professora universitária, Mirian Guebert, é preciso ter cuidado ao abordar a temática com as crianças. A sugestão dela é aproximar a realidade e respeitar a maturidade dos alunos.
Por exemplo, falar de violência com a ajuda de livros e desenhos infantis.
Com relação aos pais e professores, que são adultos, é preciso realizar um trabalho de escuta, para evitar a sensação de pânico.
Questionada pela reportagem, a prefeitura afirma que todas as escolas e os Centros Municipais de Educação Infantil contam com o programa Conhecer Para Prevenir, que orienta a comunidade escolar no enfrentamento de situações de risco e emergência. As atividades envolvem a capacitação de professores, funcionários e estudantes.
Nesta manhã (11), os secretários municipais da Educação e da Defesa Social, Maria Silvia Bacila e Péricles de Matos, participam do debate na Câmara Municipal de Curitiba.
Já a Secretaria de Estado da Educação afirma que adota uma série de medidas de prevenção e acolhimento nas frentes de segurança e bem-estar dos estudantes e profissionais. A pasta afirma que o Paraná conta com a parceria do Batalhão de Patrulha Escolar e Comunitária, da Polícia Militar.
Em março, o Treinamento de Segurança Escolar Avançado entrou em prática, oferecido pelo BOPE para preparar a comunidade escolar diante de possíveis situações de violência.
A Polícia Militar destaca que, até o momento, não há indício de ataques planejados nas escolas paranaenses e que qualquer denúncia é apurada em parceria com a Polícia Civil.
Reportagem: Larissa Biscaia