Atacadão afasta segurança acusado de perseguir professora negra
O presidente Lula (PT) criticou o caso durante a coletiva dos 100 dias do mandato
O segurança acusado de seguir uma professora negra dentro de um supermercado foi afastado do trabalho durante as investigações. Isabela Oliveira registrou um boletim de ocorrência sobre o caso nesta segunda-feira (10).
A expectativa é que os funcionários do local sejam ouvidos ao longo dos próximos dias. É o que explica a delegada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Ceconello.
As imagens das câmeras de segurança também serão analisadas. A professora foi ao atacadista no bairro Portão na última sexta-feira (07), para comprar os itens para o almoço de Páscoa. Ela relata que foi seguida pelo segurança durante toda a compra.
Horas mais tarde, Isabela voltou ao estabelecimento e fez um protesto. Escreveu a frase “Eu sou uma ameaça?” pelo corpo e tirou a roupa dentro do supermercado. Ela registrou o caso nas redes sociais.
Depois, ela foi à delegacia. Segundo a professora, os policiais perguntaram se alguém do supermercado tinha recusado o atendimento por ela ser negra.
O caso foi criticado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), durante a coletiva de imprensa sobre os 100 primeiros dias do terceiro mandato.
Questionado pela reportagem, o Grupo Carrefour Brasil afirma que está comprometido com a transparência e que tem tolerância zero contra o racismo. A companhia abriu uma apuração interna sobre o caso.
Reportagem: Larissa Biscaia