Governadores se reúnem para combater violência nas escolas
Paraná e demais estados confirmaram um pacto para evitar novos ataques
O Paraná oficializou nesta terça-feira (18) um pacto com as demais unidades da federação para prevenção e enfrentamento à violência nas instituições de ensino pelo país. A ideia, segundo o governo, é promover estratégias de promoção da paz e combate aos discursos de ódio e extremismo no ambiente escolar.
O assunto foi debatido nesta terça em reunião com governadores e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para Ratinho Junior (PSD), a proteção das crianças, jovens, professores e de toda a comunidade escolar é prioridade.
Nas últimas semanas, a violência nas escolas está no centro do debate devido aos casos recentes ocorridos em São Paulo e Blumenau. Na semana passada, Ratinho já havia anunciado uma série de ações preventivas em um plano integrado envolvendo as secretarias estaduais da Educação e a Segurança Pública para garantir o clima de normalidade nas escolas paranaenses.
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Entre as iniciativas está a atuação direta de mais 5,6 mil policiais militares nas unidades escolares, um aporte adicional de R$ 30 milhões ao ano para ampliação de 206 para 400 Colégios Cívico-Militares e R$ 8,4 milhões para a implantação de 200 sistemas de videomonitoramento do programa Olho Vivo em colégios estratégicos.
Durante o encontro, o presidente Lula agradeceu o apoio de estados e municípios para enfrentamento da crise e ressaltou a importância do encaminhamento de denúncias de potenciais novos casos.
O presidente também convidou os governadores a integrarem uma espécie de conselho nacional sobre o tema ao lado do Executivo Federal, Legislativo e Judiciário. O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou ainda que o governo federal vai antecipar a transferência de uma parcela de cerca de um bilhão de reais do Programa Dinheiro Direto na Escola que estava programada para setembro e que será repassado ainda neste mês diretamente às escolas.
Também será liberado cerca de 2 bilhões de reais de anos anteriores que estão parados nas contas escolares para outras ações e que a partir de agora poderão ser utilizadas na prevenção e enfrentamento à violência, além de mais 200 milhões de reais para a criação de núcleos psicossociais em âmbito estadual e municipal.
Reportagem: Leonardo Gomes