‘Trafigata’ nega ter assumido o tráfico após morte do marido
Em julgamento, Camila Marodin disse que não sabia do envolvimento do marido com o tráfico
Camila Marodin, de 27 anos, que ficou conhecida como ‘Trafigata’, negou nesta quarta-feira (26) ter assumido o comando do tráfico de drogas depois da morte do marido, Ricardo Marodin, em Curitiba. A afirmação aconteceu durante um julgamento de uma tentativa de homicídio em que Camila é vítima do caso.
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Ela e um amigo, Paulo Sérgio Veiga de Almeida, sofreram uma tentativa de homicídio, cerca de dois meses após a morte do esposo, ao voltarem de um supermercado no bairro Alto Boqueirão, na capital paranaense. Ricardo Marodin era apontado como um dos líderes de uma organização criminosa e foi executado a tiros na festa de aniversário do filho, em novembro de 2021.
Durante o julgamento desta quarta, que tem como réu por tentativa de homicídio qualificado, Geovane Soares Machado, Camila afirmou que foi presa poucos dias após a morte do marido e não teria como assumir tão rápido o tráfico de drogas na região.
Ao ser questionada pelo promotor de Justiça sobre o envolvimento do marido com o tráfico de drogas, Camila disse que não sabia de nenhuma atividade ilícita dele e que apenas ouviu muitas coisas depois que Ricardo foi assassinado.
De acordo com a Ministério Público, Camila Marodin ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais, com postagens em lanchas, carros, casas de alto padrão e até imagens com grande quantidade de dinheiro. Ela disse que trabalhava em uma loja de roupas, que era dela, e que alguns bens eram financiados e outros não eram da família, sem ligação alguma com o tráfico de drogas.
Por causa dos três filhos, Camila está em prisão domiciliar. No dia 12 de novembro de 2021, ela foi preventivamente presa na praça de pedágio entre Curitiba e o Litoral do Paraná.
Sobre o julgamento desta quarta-feira, Camila disse que não viu quem estava no carro que passou atirando contra ela e Paulo Sérgio. Ela também afirmou que não conhece o acusado por essa tentativa de homicídio, Geovane Machado.
Camila ainda responde por ser apontada como uma das comandantes de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas.
Reportagem: Leo Coelho