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Quinhentos policiais fazem operação contra quadrilha de tráfico internacional

Patrimônio estava distribuído em imóveis no litoral de SC e bens de alto padrão

 Quinhentos policiais fazem operação contra quadrilha de tráfico internacional

(Divulgação: Receita Federal/PR)

Uma quadrilha brasileira, que enviava drogas para a Europa, é o alvo de uma operação, nesta quinta-feira, das policiais Federal e Civil, além da Receita Federal. As investigações apontaram que a região do Porto de Paranaguá, no Paraná, era utilizada para movimentação da cocaína, que era exportada por meio de contêineres.

Durante a investigação, foram apreendidas 5,2 toneladas da droga. A operação ‘Downfall’ é para cumprir 117 ordens judiciais – 30 mandados de prisão preventiva e 87 de busca e apreensão em endereços, além do Paraná, em outros sete estados: Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo. Ação é realizada por mais de 500 policiais, com apoio de 25 auditores da Receita Federal. De acordo com a Polícia Civil, também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores e aplicações financeiras em um valor estimado em mais de R$ 1 bilhão.

De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa tem uma estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, com produção de droga no exterior, ingresso e transporte dentro do Brasil, além da preparação e envio de cocaína pelo mar. A droga produzida pelo grupo tinha como principal destino os portos da Europa, por isso, o crime acontecia principalmente na região de Paranaguá, onde eram exportadas grandes quantidades de cocaína. O grupo ocultava a droga em cargas lícitas, refrigeradores de contêineres e chegava a fazer o uso de mergulhadores para inserir a droga em compartimentos submersos dos navios. É o que detalha o delegado Eduardo Verza, da PF.

A investigação indicou, ainda, que o lucro da organização criminosa era usado para investimentos como compra de aeronaves, barcos, empresas, imóveis, armas e munições. O crime de lavagem de dinheiro também foi investigado pela operação, como o investimento no setor imobiliário no litoral de Santa Catarina, com aquisição de apartamentos de alto padrão e financiamento de outros empreendimentos. As construtoras e empresas do setor envolvidas no esquema também foram alvos da ação, pois, de acordo com a investigação, elas são suspeitas de realizarem negócios jurídicos fraudulentos ou não declarados. Também constataram na investigação o pagamento de imóveis de luxo com altas quantias de dinheiro em espécie.

O delegado da Receita Federal, Ivens Lopes Ribeiro, diz que a investigação também será relacionada a proprietários de prédios e construtoras, para saber se eles contribuíram, de alguma forma, para a ocultação de bens da quadrilha.

A polícia identificou crimes de homicídio e o aumento de violência relacionado a disputa pelo controle do tráfico de drogas em Paranaguá. Ainda de acordo com a polícia, o responsável pelos crimes tem extensa ficha criminal, sendo suspeito de financiar mortes de integrantes de grupos rivais. O homem, que não teve o nome divulgado, ficou cinco anos foragido, mas foi preso em 2021 em uma clínica de cirurgia plástica em São Paulo, onde tentava mudar o rosto.

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lorena.pelanda

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