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Tripulantes voltam para casa após naufrágio, em SC

Três pessoas continuam desaparecidas

 Tripulantes voltam para casa após naufrágio, em SC

Foto: Reprodução

A embarcação que naufragou, no Litoral Sul de Santa Catarina, anteontem (sexta-feira), não observou os riscos de entrar no mar naquela noite. No dia anterior à tragédia, a Marinha do Brasil tinha emitido um alerta sobre as consequências da passagem de um ciclone extratropical, pela região. O mar estava alto e com ondas muitos grandes. A última comunicação feita pelo barco foi registrada a cerca de 40 quilômetros da costa de Garopaba. O barco seguia com pescadores, em alto mar.

Agora a tarde (domingo), a BandNews conversou com Denair dos Santos Silva. Ela é irmã de um dos tripulantes resgatados com vida, ontem à noite (sábado). Ela contou que, até o começo da tarde (domingo), ainda não tinha conseguido conversar com o irmão ou com a cunhada. Djalma dos Santos Silva ainda permanecia muito abalado e chorava bastante. Casado, ele tem três filhos: um de onze, outro de oito e um de cinco anos de idade. O mau tempo, na hora do naufrágio, pode ter contribuindo com a tragédia.

A Marinha instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do naufrágio. A previsão é que ele seja finalizado em até 90 dias. Cinco tripulantes foram resgatados com vida. Eles foram localizados ontem (sábado), perto das dez da noite, praticamente 24 horas depois do naufrágio. O grupo estava em um bote e, segundo a Marinha, os cinco homens foram resgatados em boas condições de saúde.

Eles foram encontrados por um navio rebocador, que patrulhava a área, a 180 quilômetros da costa, no Litoral de Santa Catarina. Outros três tripulantes da embarcação permanecem desaparecidos. A Marinha apurou que eles têm botes e coletes salva-vidas e, portanto, ainda há esperança de que eles sejam resgatados com vida.

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Denair contou, à nossa reportagem, que o irmão nunca tinha sofrido um acidente tão grave. Djalma dos Santos Silva tem 34 anos de idade e é pescador desde os 15 anos. Denair contou ainda que, mais de uma vez, o barco que naufragou já tinha retornado de alto mar ‘no prego’, ou seja, com diferentes avarias. Ela disse que a embarcação chegou a ser mantida pelo menos um mês fora da água, no estaleiro.

Antes do naufrágio, a embarcação tinha repassado duas informações de localização. Uma, é automática, do Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite; a outra, informava para onde a embarcação pretendia se deslocar. A distância, entre esses dois pontos, chega a cerca de 129 quilômetros. Mais cedo, a Marinha confirmou que as buscas podem ser mantidas agora a noite (domingo).

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Cleverson Bravo