Distrito 1340: autor do ataque vira réu
A denúncia aceita pela Justiça classifica o crime como homicídio triplamente qualificado
O homem que matou uma pessoa e deixou outras três feridas com uma faca no Distrito 1340 se tornou réu por homicídio e três tentativas de homicídio. Todos os crimes são triplamente qualificados por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de meio cruel, de acordo com a denúncia feita Ministério Público e aceita pela Justiça. O caso aconteceu no dia 22 de julho e o suspeito segue preso preventivamente no Complexo Médico Penal.
O agressor estava na área de fumantes do local quando tirou seis facas de cozinha de dentro da mochila e as colocou sobre a mesa. Um funcionário percebeu e tentava chamar os seguranças, quando o ataque aconteceu. As câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito de 27 anos levantou da mesa e esfaqueou o programador Mauri José Glus, de 50 anos de idade, pelas costas. O homem morreu antes da chegada do socorro. Na mesa em que ele estava, outras três pessoas, um homem de 57 anos e duas mulheres de 43 e 22 anos, ficaram feridas. O suspeito não tinha relação com as vítimas.
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Durante o depoimento à Polícia Civil, o autor do ataque disse que foi expulso de casa pela mãe e que estava há dois dias em um hotel. Além disso, ele afirmou que passa por tratamento psiquiátrico e que estava sem os remédios. Durante o ataque, ele teria passado por um surto e não se lembrava de nada. Ao chegar no bar naquela noite, o agressor distribuiu alguns livros para outros clientes. As obras eram de suspense ou relacionadas a crimes.
Após o ataque, o Distrito 1340 permaneceu fechado por um tempo e, para reabrir, adotou uma série de medidas de segurança. Entre elas, estão a revista de bolsas e mochilas e inspeção com detectores de metais. Na esteira desse caso, um projeto de lei prevê a instalação obrigatória de detectores de metais em bares e baladas com capacidade superior a 300 pessoas.
Reportagem: Larissa Biscaia