Transplante de medula óssea salva vidas; saiba como ser doador
Procedimento é indicado para cerca de 80 doenças do sistema sanguíneo e imunológico
Mais de 600 pessoas aguardam por um transplante de medula óssea no Brasil, atualmente. Por outro lado, o país tem um dos maiores registros de doadores voluntários de medula óssea do mundo, o Redome, com mais de 5 milhões e 600 mil cidadãos cadastrados.
A conta não fecha porque a chance de encontrar um doador compatível é de uma em cada cem mil, segundo o Ministério da Saúde. No caso do João Francisco, de 8 anos, o padrinho e tio foi quem apresentou a compatibilidade necessária.
A mãe do pequeno, Luciana dos Santos Ferreira, conta que a família toda passou pelo teste até chegar ao doador ideal.
João teve leucodistrofia metacromática, uma doença neurodegenerativa que normalmente leva os pacientes à morte até os nove anos de idade. O transplante de medula óssea foi indicado, assim como é recomendado para cerca de 80 doenças do sistema sanguíneo e imunológico.
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Fernanda Benini, médica do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe, destaca que a diversidade no banco de medulas é fundamental para alcançar mais pessoas compatíveis.
João Francisco recebeu a medula em janeiro e teve uma recuperação satisfatória. A família mora em Minas Gerais, mas mantêm o acompanhamento necessário para monitorar a evolução do tratamento. E celebra cada nova conquista após o transplante.
Para ser um doador de medula óssea, basta se cadastrar em um Hemocentro. Uma amostra de sangue é retirada, para testes de tipificação. Os dados são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Quando um paciente compatível for identificado, a equipe do Redome entra em contato com o possível doador, para fazer novos exames e o transplante.
Reportagem: Ana Flavia Silva