Os temporais deixam 390 pessoas desabrigadas no Paraná. O relatório mais recente da Defesa Civil aponta para 1894 casas danificadas, em 24 municípios. O número de afetados direta ou indiretamente chega aos 16 mil 531. Desses, cerca de nove mil estão em União da Vitória, na região sul do estado. Após um breve período de estabilidade, o nível do Rio Iguaçu voltou a subir e chegou aos oito metros. Com um bebê nos braços, a dona de casa Rose Stein deixou a residência em que morava com os filhos para buscar um dos abrigos mantidos pela prefeitura.

E mesmo com a residência totalmente alagada, há quem resista. Com a água na altura dos joelhos, a dona de casa Rosana Pinheiro comenta como tem passado os últimos dias em meio a enchente que invade o bairro em que ela mora com a família.

Devido ao risco de choques elétricos, a Copel desligou a energia em mais de trinta casas do município. O porta-voz da Defesa Civil, Marcos Vidal, destaca que a região sul do Paraná é a mais prejudicada pelos temporais.

Em caso de enchente, a primeira orientação é buscar um local seguro. Quem tenta sair de carro, também deve ter atenção ao caminho escolhido. Mesmo que seja uma via conhecida, é essencial evitar ruas alagadas. O capitão alerta também para o risco de deslizamentos.

Em Curitiba, os 103 milímetros de chuva levaram à quatro solicitações por erosão, nos bairros Alto da Glória, São Lourenço, Santa Quitéria e Mossunguê, cinco por alagamento, nos bairros Campo Comprido, CIC e Caximba, e quatro pedidos de lonas, no Cajuru, no Tarumã, no Alto da Glória e na Cidade Industrial.

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A cidade adotou medidas emergenciais no Caximba, que foi inundado. A Escola Municipal Joana Raksa foi transformada em um abrigo para os moradores da Vila 29 de Outubro.

Reportagem: Larissa Biscaia