Dia Internacional das Pessoas com Deficiência reforça a inclusão
Data foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas; mercado de trabalho ainda é desigual
Neste domingo (3 de dezembro), é o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. O objetivo da ONU (Organização das Nações Unidas) ao criar a data, em 1992, é que todos os países membros celebrem o marco e promovam a conscientização dos direitos das pessoas com deficiência.
De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada em julho deste ano, a população brasileira com deficiência, de 2 anos ou mais, foi estimada em 18 milhões e 600 mil pessoas.
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Ainda segundo o estudo, cerca de 26,5% das pessoas com deficiência encontram espaço no mercado de trabalho. Enquanto o nível de ocupação para o resto da população é de mais de 60%. Do total de PCDs que trabalham, cerca de 55% são informais. Essa foi a realidade de Silvio Miotti por muitos anos. Ele sofreu um acidente de ônibus em 2009 e perdeu a mão.
Apenas seis anos depois, em 2015, Silvio conseguiu uma vaga de emprego em uma indústria farmacêutica, na área de controle de processos. Segundo a supervisora de responsabilidade social da Prati-Donaduzzi, Maria Rita Pozzebon, a empresa promove a inclusão dos colaboradores com deficiência, fortalecendo a diversidade e apoiando as famílias.
Apesar dos avanços e de legislações que promovem a inclusão de pessoas com deficiência no cenário profissional, os dados revelam que é preciso avançar na pauta. Cerca de 54,7% dos PCDs com nível superior completo trabalham no Brasil. Em contrapartida, 84,2% das pessoas sem deficiência com a mesma escolaridade estavam empregadas.
O IBGE analisa que para a população com deficiência, um nível mais alto de instrução não é suficiente para reduzir a diferença de participação na força de trabalho. Hoje, o Brasil dispõe da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Um conjunto de itens que visam assegurar e promover o exercício dos direitos e liberdades fundamentais.
Reportagem: Mirian Villa