Nesta semana, a luta contra o câncer infantil é lembrada. O conjunto de doenças é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Todos os anos, 215 mil novos casos são diagnosticados em todo o mundo, conforme dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. O Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil foi criado em 2002 com objetivo de fomentar o diagnóstico precoce e aumentar a sobrevida dos pacientes. Os tipos de câncer mais comum são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas, neuroblastoma e tumores renais.

A médica Ana Paula Pedro Bom, do Serviço de Oncologia e Hematologia do Hospital Pequeno Príncipe, afirma que a incidência de câncer vem aumentando gradativamente todos os anos e reforça a importância do diagnóstico precoce.

Os sintomas do câncer podem ser confundidos com doenças comuns da infância, dificultando o diagnóstico precoce. Um sinal que pode passar despercebido é a febre, que é bastante comum nas viroses, além de queixas de dores musculares, que acabam sendo habitual no público pediátrico devido às atividades físicas constantes.

O câncer em adultos, na maioria dos casos, está relacionado a fatores de risco do meio ambiente. Já na criança, a doença é formada por uma célula que não amadureceu e que se multiplica de forma rápida e desorganizada. A médica explica as diferenças.

O tratamento para o câncer pediátrico depende do tipo da doença. Ele pode incluir quimioterapia, radioterapia, procedimento cirúrgico, transplante de medula óssea e terapia direcionada. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos por esse conjunto de doenças podem ser curados, se diagnosticados precocemente.

Reportagem: Mirian Villa