Nesta quinta-feira (21) é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data escolhida faz referência à falha genética no par 21 de cromossomos, que no caso das pessoas com a síndrome, aparece com três exemplares – conhecida como trissomia.

Neste ano, a campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) tem como foco acabar com o capacitismo. O termo significa o preconceito contra pessoas com deficiência, em que se julga que elas não são capazes ou são inferiores. Na contramão da discriminação está Pietra Silvestri, a primeira atriz brasileira com registro profissional.

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Além de encantar os palcos, a jovem, de 22 anos, produz conteúdo em libras para a internet e foi nomeada embaixadora da acessibilidade do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TER-PR). Para Pietra, a presença nas redes sociais mostra para a sociedade que pessoas com Síndrome de Down não podem ser limitadas ou rotuladas.

Com os estímulos corretos, muitas potencialidades podem ser desenvolvidas nesses indivíduos. Pietra, por exemplo, cursou o ensino médio em um colégio com cerca de quatro mil alunos. Um cenário que – de longe – pode ser assustador, mas que foi superado com apoio familiar, dedicação e persistência.

Um dos pontos principais para a qualidade de vida de crianças e adultos com Síndrome de Down é a aceitação da condição. O neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe, Anderson Nitsche, fala sobre o papel da sociedade nesse acolhimento.

Pietra reforça que foi a primeira pessoa com a falha genética a conquistar muitos lugares porque teve essa oportunidade.

A estimativa é que no Brasil ocorra 1 nascimento com Síndrome de Down a cada 700. No mundo, a incidência é de 1 em 1 mil nascidos vivos.

Reportagem: Mirian Villa