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Uma celebração ao samba e à resistência negra

Apresentações sobre a sambista ocorreram no SESC da Esquina, como parte da Mostra Lúcia Camargo

 Uma celebração ao samba e à resistência negra

Foto: divulgação

“O samba seria para sempre a minha arma”. Esse é o lema que define um símbolo da resistência negra é a estrela desse espetáculo “Leci Brandão – Na Palma da Mão”. Semelhante aos desfiles carnavalescos, peça-chave na vida e na carreira da cantora, este texto terá elementos de uma escola de samba.

Nascida em uma simples comunidade no subúrbio carioca, primeira mulher a integrar a ala de compositores da Mangueira e atualmente deputada estadual em São Paulo, o enredo narra a trajetória da autora de grandes sucessos como “Zé do Caroço”, “As coisas que mamãe ensinou” e “Papai vadiou”.

O “abre alas” é sobre o começo do espetáculo, em que a religiosidade sempre presente na vida de Leci é representada por um homem negro no centro, simbolizando Exu, orixá das religiões afro-brasileiras.

A comissão de frente é composta por três personagens: Leci Brandão, sua mãe Dona Leci, e Sérgio Kauffman, que representa muitos personagens marcantes da vida da sambista, como seu pai, Cartola e Zé do Caroço. Eles desfilaram na avenida, que se tornou o palco do SESC da Esquina.

A força contagiante da bateria é representada pelos músicos, que receberam a nota máxima dos jurados, no caso, o público, que se deixava levar pelo bater da palma da mão em ritmo de samba. Assim como toda harmonia depende de uma composição, o samba, a ancestralidade e a negritude são as letras que dão vida a esse espetáculo.

Um dos componentes cruciais é a atriz Tay O’Hanna, responsável por conduzir a escola, tornando-se a rainha da bateria ao personificar Leci Brandão. Verônica Bonfim, por sua vez, interpretou a tradição da velha guarda ao incorporar a sabedoria e os ensinamentos de Dona Leci.

Ao fim, o público e artistas se uniram para entoar o samba “Isso é Fundo de Quintal”, testemunhando juntos a harmonia de um único instrumento que marcava o desfecho desse desfile.

Ao concluir o musical, o diretor Luiz Antonio Pilar, também recente vencedor do Prêmio Shell, enfatizou a relevância da peça no Festival de Curitiba, destacando a importância de homenagear em vida uma personalidade tão essencial para a música brasileira.

Serviço:

LECI BRANDÃO – NA PALMA DA MÃO

Ingressos: festivaldecuritiba.com.br

Data: 01/04 e 02/04

Endereço: Teatro Sesc da Esquina, Rua Visconde do Rio Branco, 969, Centro

Reportagem: Maria Pohler, estudante da Universidade Positivo (UP)

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Paula Duraes

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