Rock embala peça sobre desafios de superar as expectativas
Como parte da Mostra Fringe, o espetáculo traz a visão de três personagens jovens
Você já se sentiu como se a vida estivesse passando e você está correndo contra o tempo? Bom, os personagens Sol, Fábio e a Siena, sim. Os três amigos levam o público para dentro de uma história musical e emotiva sobre amizade. O espetáculo “O que esperam de nós”, apresentado no último domingo (31), em duas sessões, mostra algo que poucas pessoas podem esperar.
A atriz Beatriz Bassani, que dá vida a Sol, conta que a principal mensagem da peça é amar o próximo como se não houvesse amanhã. “A obra fala muito sobre tempo, e às vezes não dá tempo. Então, o importante é amar, amar a vida como um todo”, reforçou a artista. Um trio de personagens muito diferentes: uma sente que a mãe não lhe dá liberdade para seguir seus sonhos, o outro sente que a liberdade que ganhou, ao começar a morar sozinho, assusta e a terceira não consegue desapegar do passado.
Mas como a revolta de cada um deles poderia se juntar para algo melhor? É isso que a peça apresenta durante 60 minutos. Nasce uma harmonia a partir da composição das notas Fá, Sol e Si, não só musical, mas também humana. “São dores, geradas por expectativa, e a gente quer mostrar que ela não precisa ser levada para o lado ruim”, destaca o ator JP Leite. A personagem Si, interpretada por Giovanna Hamann, complementa: “Juntos podemos enxergar a dor do outro por perspectiva diferente”.
Embalada por rock brasileiro de bandas dos anos 80, como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs e outras, a Companhia Escola Segundo Ato foca na interatividade com o público, levando todos a cantarem os clássicos. Desta forma, a personagem Sol traz um verso da canção do Capital Inicial, chamada “Olhos Vermelhos”. “Por que se preocupar por tão pouco? Por que chorar se amanhã tudo muda de novo? Parei de pensar e comecei a sentir”, diz.
Reportagem: Sarah Zonta Tafner, estudante da Universidade Positivo (UP)