“Como nossos pais” aborda conceito da revolução em diferentes gerações
Espetáculo da Companhia Pé no Palco contou com sessões esgotadas
Uma história cativante, que arranca risos e lágrimas, bem como abraça o passado, o presente e o futuro, mostrando como a realidade do cotidiano molda as mentes inovadoras. Três gerações, dois futuros e centenas de decisões tomadas durante a vida ganham corpo na peça “Como nossos pais”, da Companhia Pé no Palco, apresentada no Espaço Fantástico das Artes.
Dirigida por Vanessa Corina, a montagem é inspirada no livro ‘Rasga Coração’, escrito por Vianinha em 1974, e mergulha o público nos conflitos de uma família em que os pais entendem os questionamentos dos filhos e se identificam, mas tentam transmitir a sabedoria que adquiriram com a experiência de vida a fim de cessar a revolta contra o mundo e suas regras.
“Brincamos muito com a questão da revolução, que ganhou enfoque no olhar dos filhos que se sentem revolucionários e também no do pai e da mãe que já estão maduros, já viveram suas próprias revoltas e hoje vivem a revolução no dia a dia, uma revolução com outra cara, diferente da revolução utópica dos jovens agora ela se torna árdua, com o tempo nós nos enrijecemos”, detalha Vanessa Corina.
Situado entre a década de 80 e 90, o enredo do drama reúne acontecimentos marcantes da época, como os movimentos “Diretas Já” e dos caras pintadas. Porém, na geração posterior, os conflitos são outros, a luta do movimento LGBTQIA + por mais direitos e o movimento contra o preconceito de gênero são temas abordados.
Na visão da atriz Jordana Botelho, o próprio processo de construção passou por sua história de vida. “Quando estava entendendo a personagem, olhei para minha própria trajetória, pensei na relação com meus pais, na relação com meu marido e filha também, e minha personagem vive tudo isso”, explica.
Serviço:
Data: 27, 28 e 29 de março
Horário: 20h
Local: Espaço Fantástico das Artes (Rua Trajano Reis, 41, São Francisco, Curitiba/PR)
Entrada: a partir de R$ 20
Classificação: 16 anos
Reportagem: Ana Carolina Fogaça de Paula, estudante da Universidade Positivo(UP)