Quase 500 mil famílias no Paraná não têm moradia digna e compõem o déficit habitacional do estado. Em Curitiba, o número passa de 90 mil. Os dados fazem parte de levantamento divulgado pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Conforme o órgão, para suprir a demanda e resolver o déficit teriam que ser construídas mais de 491 mil moradias.

Desse total, a maioria são pessoas cadastradas para a aquisição de imóvel na Cohapar ou nos municípios (240.188), 135.143 são famílias que vivem em favelas e 75.170, famílias que estão em loteamentos irregulares. Na comparação com 2019, houve redução do déficit habitacional no estado, que era de 511.746 moradias. Segundo o superintendente de programas da Cohapar, Kerwin Kuhleman, o levantamento auxilia na realização de políticas públicas voltadas à habitação.

Os 30 municípios com maior necessidade habitacional concentram 64% das demandas por moradia. Em Curitiba das mais de 90 mil famílias sem moradia pouco mais de 41 mil estão cadastradas para aquisição de casas (do próprio Cohapar e da Cohab), 43,4 mil vivem nas 322 favelas espalhadas pela cidade e outras 7,4 mil estão em 93 loteamentos irregulares localizados no município. Depois da capital, as cidades com maiores déficits habitacionais no estado são Londrina (62.501), Ponta Grossa (22.940), Paranaguá (22.586), Umuarama (17.401) e Cascavel (11.089).

Segundo a Cohapar, além da construção das casas foram mobilizados em torno 900 técnicos em todo o Paraná para que os dados do estudo fossem atualizados.

Reportagem: Leonardo Gomes