Documentos, computadores e celulares foram apreendidos durante a “Operação Conexão” coordenada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR).

Durante os trabalhos da corporação, que começaram no início da manhã desta terça-feira (11), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a uma associação criminosa responsável por fraude a licitação e contratos administrativos da Companhia de Saneamento Básico do Paraná (Sanepar).

Os investigados são suspeitos dos crimes de associação criminosa, fraude à licitação e de adulteração e entrega de uma mercadoria por outra em contratos firmados com a Companhia. Os mandados foram cumpridos em residências e empresas ligadas ao grupo em Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária e Pinhais, na Região Metropolitana, e contou com o apoio da Polícia Científica.

De acordo com as investigações, foi possível identificar que, os suspeitos agiam desde 2018. A denúncia partiu da própria Sanepar, como explica a delegada Waleska Souza Martins.

Após vencerem as licitações, na fase de execução do contrato administrativo firmado, as supostas empresas não entregavam os materiais ou entregavam com qualidade inferior à prevista no edital.

Segundo a polícia, a Sanepar aplicava sanções administrativas cabíveis à empresa – como, por exemplo, a suspensão temporária de participação em licitações. No entanto, o grupo criminoso abria novas empresas para conseguir participar das disputas.

O grupo possuía fábricas e comércios de tubos e conexões e agia no Paraná e em estados vizinhos. Integrantes da associação criminosa respondem por crimes semelhantes em Santa Catarina. Ainda de acordo com a polícia, as investigações não se encerraram.

Por meio de nota, a Sanepar esclarece que não é parte no processo e que colabora com a investigação.

Reportagem: Marlon Santiago