PGE pede que invasão da Assembleia seja investigada pela polícia
Em representação encaminhada à PC, o órgão classificou o ato como “antidemocrático”
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) classificou a invasão do prédio da Assembleia Legislativa como “antidemocrática” e pediu que o episódio seja investigado. Na ocasião, manifestantes protestavam contra a votação do programa Parceiro da Escola, que terceiriza a administração de 200 colégios estaduais. Em uma representação encaminhada à Polícia Civil, o procurador-geral do Estado, Luciano Borges, afirma que sindicato dos professores estaduais (APP-Sindicato) teria incitado a invasão com o objetivo de paralisar os trabalhos do Legislativo.
No documento Borges argumenta que“não concordar faz parte da democracia. Agora, impedir o exercício dos poderes constituídos e incentivar o descumprimento de decisões judiciais, para mim isso não é democracia”. Além da invasão, os manifestantes quebraram vidraças e entraram em confronto com policiais. A PGE pede que a Polícia Civil investigue os envolvidos por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Em nota, a PC informou que um inquérito foi aberto no mesmo dia da invasão, 3 de junho, e por tanto apura o caso.
Em paralelo, a APP Sindicato afirma que a ocupação nas galerias da Alep não prejudicou o funcionamento da sessão da Assembleia, e que também não houve ato antidemocrático.
Informação: Leonardo Gomes