Será lançado na próxima segunda-feira, dia 7 de outubro, um livro que promete um resgate cultural da capital paranaense. A obra ‘Era Uma Vez em Curitiba’, do pesquisador e jornalista André Rogal, trata do passado da cidade, em uma versão não muito conhecida. Costumes, tradições e leis que regiam a capital paranaense, mas que foram esquecidas.

No livro, o autor defende que Curitiba teve, sim, um passado histórico importante e uma figura cultural relevante. O livro conta como as leis locais proibiram bailes, música, vestimenta, lazer, reforçaram a tributação e levaram à prisão e perseguição política várias pessoas que se identificavam com a cultura sulista – hoje atribuída somente ao povo do Rio Grande do Sul e de países vizinhos.

O nome “Era uma vez em Curitiba” é inspirado nas obras do cineasta Sergio Leone, criador de ‘Era uma vez no Oeste’ e ‘Era uma vez na América’, que contam sobre grupos apagados da sociedade, mas que fizeram parte da história e devem ter o devido reconhecimento.

Na obra, Rogal sustenta que, em Curitiba, foi aplicada a teoria do ‘direito penal do inimigo’ – a tese de um jurista alemão de que existem duas formas de aplicar a lei: uma para pessoas que, mesmo em atos criminosos, seguem com garantias penais e processuais asseguradas e outra para os chamados ‘inimigos do estado’ – aqueles que perdem as garantias constitucionais e são tratados de maneira diferente.

Ele aponta que pessoas de outras regiões ‘sufocaram’ os costumes sulistas em Curitiba, com leis que proibiam, por exemplo, andar a cavalo, cavalgar como esporte, utilizar o poncho em igrejas ou frequentar bares que tocavam fandango.

André Rogal é pesquisador focado nos estudos locais e também autor dos livros “Túneis de Curitiba – Verdades e Mitos sobre os subterrâneos da capital paranaense” e “Cruz Machado – Os mistérios da vida noturna de Curitiba”. O lançamento do livro ‘Era Uma Vez em Curitiba” acontece no próximo dia 7 das 9h15 às 11h15, no Tuca, o teatro da PUC-PR.