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Paraná é 2º em ranking de ações por assédio eleitoral

Segundo a Justiça do Trabalho, entre maio e setembro foram 30 processos movidos contra empresas

 Paraná é 2º em ranking de ações por assédio eleitoral

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Paraná é o segundo estado com o maior número de ações por assédio eleitoral. Entre maio e setembro foram 30 processos movidos contra empresas. Segundo a Justiça do Trabalho, nas ações que há realmente pedido de indenização, sete já tem sentença do juiz ou a confirmação de um acordo entre as partes. Em outras 16 demandas há audiência marcada para as próximas semanas e outras para o início de 2025. Uma das ações aguarda a sentença.

Todos os casos foram mapeados por um robô, desenvolvido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O advogado especialista em Direito do Trabalho Rafael Fazzi explica que existem duas modalidades de assédio eleitoral.

No Paraná a região com mais conflitos trabalhistas envolvendo o assédio eleitoral é a Metropolitana de Curitiba, com seis ocorrências na capital, seis em São José dos Pinhais e uma em Pinhais. Segundo o TST, as situações ocorreram em empresas de diferentes áreas, como comércio, transporte, serviços de assessoria, fábricas e no campo.

Em uma fábrica de Curitiba, por exemplo, o proprietário foi acusado de fazer reuniões com os funcionários para divulgar a posição política e distribuir camisetas de um candidato. Em outra ação da capital, uma funcionária de uma panificadora afirma que era maltratada pelo proprietário por ter a própria opção de voto. Certa ocasião, segundo a trabalhadora, o chefe teria pedido para ela remover a maquiagem dos olhos, porque a cor do cosmético remetia ao candidato rival da empresa.

Já em São José dos Pinhais, as seis ações foram contra o mesmo estabelecimento. Os trabalhadores teriam sido obrigados a vestir a camiseta do candidato do empregador, que já havia sido derrotado nas urnas.

O advogado trabalhista orienta que a vítima deve denunciar situações como essa e inclusive pode fazer isso de forma anônima.

Conforme o TSE, a cidade de São Paulo lidera o ranking com 31 ações de assédio eleitoral entre maio e setembro deste ano. O Paraná aparece na sequência com 30, seguido do interior paulista com 24 processos. Minas Gerais (16) e Rio Grande do Sul (14) fecham o ranking dos cinco locais com mais ações do tipo.

Reportagem: Leonardo Gomes

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Olívia Marques

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