No acumulado dos oito primeiros meses de 2024, o Paraná teve um aumento de 74% em investimentos públicos. Entre janeiro e agosto, foram R$ 4,4 bilhões investidos. No mesmo período em 2023, o valor foi de R$ 2,4 bilhões. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (8) durante a prestação de contas da Secretaria de Estado da Fazenda, na Assembleia Legislativa do Paraná. De acordo com o relatório, referente ao segundo quadrimestre do ano, o estado também teve aumento na arrecadação. As receitas correntes apresentaram alta de 9,9% em relação ao mesmo período de 2023. O índice foi puxado pelo Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que cresceu 15%, com R$ 4 bilhões a mais arrecadados em oito meses. A alta do ICMS foi impulsionada pelos setores de combustíveis (+20%), energia (+44,6%) e automotivo (+19,6%). Já com relação às despesas de capital, a queda foi de 87,2%. A justificativa para a queda foi o resultado elevado obtido em 2023 com a venda da Copel.

Com isso, as receitas totais do estado caíram 0,4% no período. Com relação ao Produto Interno Bruto, o estado cresceu 3% em setembro. O setor da Indústria é o que apresenta o maior crescimento, de 3,5%, seguido do setor de serviços (3,4%). Já a agropecuária registra queda de 5%. O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, explica que o resultado se deve a perda de safra por conta da estiagem.

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Apesar disso, a estimativa é terminar 2024 com crescimento de 3% e superávit positivo de R$ 15 bilhões.

Em relação ao cumprimento do mínimo constitucional, a despesa empenhada aplicada na Educação foi de 31,29%. Na área da Saúde, ficou em 12,43%. Já as despesas com pessoal, subiram 13,8% nos últimos 12 meses. Os dados apontam que o estado registrou a menor taxa de desemprego em 10 anos. 

Reportagem: Vanessa Fontanella