A cada dois dias, três atendimentos a acidentes com ciclistas são registrados em Curitiba

Só no último mês oito ciclistas morreram em acidentes de trânsito em Curitiba, de acordo com um levantamento de cicloativistas. Segundo os dados do Corpo de Bombeiros foram realizados 43 atendimentos a ciclistas nos últimos trinta dias. A média, nesse período, é de três atendimentos a cada dois dias. Neste sábado, o artista Alessandro Silveira, de 44 anos, conhecido como “Magoo”, morreu em um acidente com um caminhão no bairro Ahú. No último domingo (19), cerca de 200 pessoas se manifestaram na Praça do Bolso do Ciclista. Eles pedalaram até a Avenida das Torres, local do acidente que tirou a vida da advogada Mari Kakawa, no último dia 10. Ela pedalava na ciclovia que dá acesso à Linha Verde. Para o idealizador do grupo Bike Curitiba, Eduardo Emmerick, as mortes poderiam ser evitadas com mais educação no trânsito e fiscalização por parte do poder público.

Para Emmerick, não só os motoristas devem ser educados, mas os ciclistas também. Para que o número de acidentes e mortes diminua na capital é necessário que os ciclistas respeitem as leis de trânsito e usem sempre os equipamentos de segurança.

Além do respeito entre motoristas e ciclistas, outra importante medida é entender a bicicleta como um meio de transporte, e não somente como um meio de lazer

Nos últimos anos a capital tem apostado em projetos que incentivam o uso da bicicleta. O Ciclo Lazer, aos domingos, completa agora dois anos de funcionamento. Há também a Via Calma, na Avenida Sete de Setembro – entre a rua Mariano Torres e a Praça do Japão – criada para criar a cultura de compartilhamento do trânsito entre motoristas e ciclistas. E, mais recentemente, a implantação da Ciclorrota, um trecho com mais de seis quilômetros que liga o bairro Portão até PUC, no Prado Velho, e a Avenida das Torres. No site curitiba.pr.gov.br/mais-bici os curitibanos encontram mais informações sobre o modal.

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