Abastecer com etanol pode não ser vantajoso; especialista orienta

Conforme a ANP, o litro do combustível chega a ser vendido a R$6,69 no Paraná

 Abastecer com etanol pode não ser vantajoso; especialista orienta

Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

Desde as últimas altas no preço do litro da gasolina, parte dos motoristas tem optado pelo etanol para abastecer o veículo. A troca, no entanto, pode não ser vantajosa. É o que afirma o professor de engenheira elétrica da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), Janio Denis Gabriel.

Ele explica que a quantidade de energia existente em um litro de etanol é diferente da quantidade em um litro de gasolina.

Historicamente aliado do motorista, o cálculo dos 70% voltou a ganhar destaque ao abastecer. Para calcular, é preciso dividir o preço do álcool pelo valor da gasolina. Caso o resultado seja inferior a 0,7, o etanol será uma alternativa economicamente viável. Por exemplo: caso a gasolina esteja avaliada em R$ 7,40 e o etanol em R$ 5,20, o resultado é de 0,702. Neste cenário (5.2 dividido por 7.4), o etanol é vantajoso.

Porém, conforme levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o problema é o consumidor encontrar o litro do combustível em valores que o façam ser vantajoso. Na última semana, os preços máximos nos postos do Paraná ficaram em R$ 7,58 para o litro da gasolina comum e de R$ 6,69 para o litro do etanol hidratado. Ou sejam nesses casos a gasolina continua valendo a pena. Diante desse cenário, o consumidor fica com poucas opções para aliar economia e rendimento.

Converter o veículo para o gás natural veicular (GNV) pode até economizar, porém, no final se torna equivalente à gasolina. Se o preço do metro cúbico do GNV estiver mais barato que o preço da gasolina, é melhor usar o GNV. Outra questão é a viabilidade desse tipo de combustível para quem percorre grandes quantidades diariamente.

Conforme a ANP, os preços dos combustíveis são livres no Brasil, por lei, desde 2002. Não existem preços máximos, mínimos, tabelamento, nem necessidade de autorização da ANP, nem de nenhum órgão público para que os preços sejam reajustados ao consumidor. O consumidor pode consultar os preços médios, mínimos e máximos dos combustíveis por estado e município no site: https://preco.anp.gov.br/.


Reportagem: Leonardo Gomes.

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felipe.costa

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