Abelhas ameaçadas no Brasil são solitárias e não fazem colmeias
Os insetos podem ser confundidos a olho nu com as vespas
A maioria das abelhas ameaçadas de extinção no Brasil são solitárias, não produzem mel ou fazem colmeia. É isso que afirma o pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rodrigo Barbosa Gonçalves.
O cientista é autor do livro “Desvendando as abelhas”, que esclarece os mitos do que se sabe sobre as espécies nativas. Quanto à aparência física, as abelhas ameaçadas podem ser confundidas a olho nu com vespas. Diante dessa variedade, a característica definidora é a polinização, como explica o biólogo.
No Brasil, as mudanças climáticas agravadas pela urbanização e agronegócio, sobretudo com a utilização de agrotóxicos, colocam as diversas espécies de abelhas em risco de extinção. Conforme a pesquisa, a polinização é essencial para a manutenção da vida na terra.
As abelhas também desempenham um papel primordial na economia brasileira. A distribuição de pólen é essencial para a agricultura e o setor da apicultura, que movimenta o mercado nacional e internacional.
O Laboratório de Abelhas (LAbea) da UFPR, coordenado pelo pesquisador, se dedica a descobrir e estudar as espécies nativas do Paraná.
Reportagem: Paula Bulka Durães, sob supervisão de Mirian Villa