Acusado de matar fiscal é preso e julgamento adiado
Onildo Chaves de Cordova II foi preso após defesa abandonar sessão do júri
O empresário Onildo Chaves de Cordova II, acusado de mandar matar um fiscal de postos de combustíveis em Curitiba, foi preso nesta terça-feira (30) após os advogados de defesa abandonarem a sessão de julgamento. O pedido foi feito pelo MP-PR e atendido pelo juiz. O julgamento estava previsto para iniciar 9h, no Centro Judiciário da capital.
Contudo, antes do começo da sessão, o MP-PR solicitou que o advogado Cláudio Dalledone fosse destituído da bancada, e o juiz deferiu o pedido. O advogado requisitou reconsideração ou adiamento, e ao ter ambos indeferidos pelo magistrado, a banca anunciou que abandonaria o plenário do júri. De acordo com o advogado de defesa Adriano Bretas, a defesa não teve o direito de atuação respeitado.
O assistente de acusação, que representa a família, criticou a postura da defesa de Onildo e afirmou que espera um julgamento o quanto antes. Luis Roberto Zagonel considera que os advogados do acusado tentam, há anos, evitar o júri.
O caso aconteceu em 2017, quando o réu era empresário do setor de combustíveis na cidade. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Onildo encomendou a execução de Fabrizzio Machado, à época presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC), por vingança a uma operação de combate a fraudes em postos de Curitiba, da qual o acusado foi alvo. Onildo responde em liberdade pelo crime. Não há previsão de quando será a nova data do julgamento.
Reportagem: Bárbara Hammes