Acusados pela morte de Ana Campestrini depõem em julgamento
Antônio Ramon, acusado pela execução, assume o crime, mas nega que tenha recebido dinheiro
Os acusados pela morte de Ana Paula Campestrini, em 2021, foram ouvidos em Júri nesta sexta-feira (24), em Curitiba. Os denunciados por homicídio triplamente qualificado são o ex-marido Wagner Oganauskas e um amigo dele, Marcos Antonio Ramon. Ambos eram diretores da Sociedade Morgenau.
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Segundo o Ministério Público, Wagner pagou 38 mil reais para o atirador. Interrogado no Tribunal do Júri, Wagner Oganauskas negou ter sido o mandante do assassinato da ex-esposa Ana Paula Campestrini. De acordo o Ministério Público, o réu nunca superou o fato de que a ex-companheira deu fim ao casamento para se relacionar com outras mulheres. Oganauskas nega os fatos:
Aos jurados, Oganauskas se apresentou como inocente, mas não apontou nenhuma outra tese para o assassinato. A advogada Karoline Crepaldi alega que não cabe à defesa esse tipo de apontamento:
Pela manhã, durante o interrogatório, Marcos Ramon confessou o assassinato, mas negou ter cometido o crime por encomenda. No Tribunal do Júri, ele afirmou que passava dificuldades financeiras em decorrência do vício em cocaína.
Ramon disse que matou Ana Paula para incriminar Wagner Oganauskas e assumir a presidência do clube:
Os advogados que representam Ana Paula Campestrini estão confiantes na condenação do ex-marido. Segundo a assistência de acusação, um laudo pericial com mais de 5 mil páginas de conversas de celular revela os detalhes da negociação entre os réus.
Para o advogado Jeffrey Chiquini, as provas técnicas e os depoimentos das testemunhas deixaram evidente a trama do assassinato:
Wagner Oganaukas e Marcos Antonio Ramon respondem por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e mediante paga.
Reportagem: Leo Coelho e Angelo Sfair