Adolescente atingido por tiros em Medianeira é transferido para Curitiba

 Adolescente atingido por tiros em Medianeira é transferido para Curitiba

(Foto: reprodução/Facebook-Colégio Estadual José Manoel Mondrone)

O adolescente de 15 anos, ferido no ataque ao Colégio Estadual José Manoel Mondrone, ontem (28) de manhã, em Medianeira, região oeste do Paraná, tem estado de saúde considerado estável clinicamente. De acordo com boletim médico, divulgado hoje (29), às 11 horas da manhã, pelo Hospital do Trabalhador, em Curitiba, o adolescente está acordado, lúcido e conversando. O jovem foi baleado nas costas e passou por uma cirurgia de emergência ainda ontem no hospital de Foz do Iguaçu para a retirada de uma bala que ficou alojada próximo à coluna vertebral.

O adolescente foi transferido para Curitiba ontem (28) à noite. O boletim médico aponta que ele respira confortavelmente em ar ambiente e não requer suporte intensivo no momento. O documento aponta que ele apresenta alterações motoras com melhora em relação ao exame do momento em que deu entrada no hospital. Não há indicação de tratamento cirúrgico, segundo avaliação da equipe da Ortopedia. O adolescente permanecerá em observação, fazendo fisioterapia e não tem previsão de alta.

No ataque, outro estudante, de 18 anos, ficou ferido. Ele foi ferido por um tiro de raspão na perna. O rapaz foi atendido em um Hospital de Medianeira, fez um curativo e depois teve alta.

A Polícia Civil confirmou a prisão do pai do adolescente de 15 anos que atirou em colegas de escola. Ele foi preso ontem (28) por porte ilegal de arma e omissão de cautela. O homem, que trabalha como agricultor, está detido na cadeia pública da cidade. O filho dele e outro adolescente suspeito de dar suporte ao ataque foram transferidos da cadeia pública ontem (28) à noite para o Centro de Socioeducação (Cense) de Foz do Iguaçu. O pai do outro menor envolvido foi ouvido e liberado pela polícia.

O delegado Denis Merino, de Medianeira, encontrou na casa do atirador uma espingarda de pressão e recortes de revistas e “desenhos delicados, com símbolo do nazismo”. O atirador usou uma garrucha calibre 22 e disparou pelo menos seis tiros em sala de aula. Na mochila da escola de um dos jovens foram apreendidas bombinhas caseiras e rojões, que estavam amarrados com fita em um litro de álcool. Os pais do atirador disseram na delegacia que sabiam que o filho sofria bullying por ser gordinho e do interior. A mãe disse que conversava com ele tentava orientá-lo. Ela disse que nunca esperou que o garoto pudesse reagir com violência.

Dois adolescentes de 15 anos participaram do ataque. Um deles entrou no Colégio e abriu fogo contra os colegas. E outro teria dado cobertura na ação.  Antes do ataque, o estudante que é filho de agricultores, gravou um vídeo. Nas imagens, o menino não mostra o rosto, mas narra os últimos passos antes da situação. O atirador pede desculpas pelo incômodo que está prestes a causar e deseja boa sorte aos socorristas que atenderiam os feridos. Ele atribui o ataque a um colega, ele seria alvo de bullying na escola.

Equipes da Polícia Militar conseguiram encontrar a dupla em uma sala da unidade escolar. Os policiais deram voz de abordagem, que não foi acatada. Os adolescentes abriram fogo contra os pms. Os suspeitos foram apreendidos. Com eles foram encontradas duas bombas caseiras, munições além de uma faca e uma carta, na qual o rapaz diz se sentir menosprezado e humilhado.

A polícia ainda confirmou que o atentado foi premeditado pelos adolescentes. Na casa de um deles foram encontrados diversos indícios como recortes com notícias de ataques em escolas dos Estados Unidos e do Brasil. Os policiais ainda encontraram mais armas. É o que relata um dos pms.

A Polícia Civil abriu um procedimento por ato infracional para apurar o ataque. Os adolescentes devem responder por dupla tentativa de homicídio. O governo do estado se manifestou por meio de nota e afirmou que está prestando todo o atendimento necessário para os envolvidos. A Secretaria da Educação informou que a escola já realiza um trabalho de prevenção e enfrentamento a violência e as aulas devem ser retomadas na terça-feira.

Reportagem: Narley Resende/ Alexandra Fernandes/ Ricardo Pereira

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