CuritibaGeral

Advogado negro defende acusada de racismo

Edwiges Francis Barroso foi condenada, ela era líder de um grupo neonazista

 Advogado negro defende acusada de racismo

Foto: TJPR/Reprodução

O Tribunal do Júri condenou nesta quinta-feira (27) Edwiges Francis Barroso, acusada de racismo e associação criminosa. O julgamento se refere a ações ocorridas em 2005, quando um grupo neonazista espalhou cartazes e atacou duas pessoas, um homem negro e um homossexual. Outros 7 envolvidos foram condenados em 2019.

O julgamento de Edwiges, que foi acusada juntamente aos condenados, foi adiado já que o advogado dela já tinha outra audiência previamente marcada. Ele não representa mais Edwiges. O defensor público, Wisley Rodrigo dos Santos, foi escalado para este caso e é um homem negro. Durante a apresentação da defesa, ele explicou qual a função da Defensoria Pública e qual seria sua postura no caso. 

Wisley Rodrigo dos Santos – TJPR/Reprodução

O defensor ainda explicou porque foi indicado para este julgamento. 

Edwiges não foi encontrada, a última informação que a Justiça tem é que ela saiu do país e estaria na Inglaterra. Ela foi intimada por edital. Outra situação atípica deste julgamento é que geralmente o tribunal do júri é constituído para julgar casos de homicídio, ou seja, vítimas fatais, e esta é uma das raras vezes em que o caso julgado é o de racismo.

O promotor de Justiça, Rodrigo Mazur Casagrande, apresentou entre outros indícios da ligação de Edwiges com o grupo, a lista de materiais apreendidos na casa dela e o relato do delegado do caso.  

Decisão e pena

O juiz Thiago Flôres Carvalho acrescentou uma fundamentação à decisão, já que houve uma discussão se o Tribunal do Júri teria a competência para decisão. Ele confirmou a condenação. 

A pena de Edwiges é de 1 ano e três meses em regime aberto, além de 53 dias-multa.  Como ela não foi localizada, o juiz também determinou uma medida cautelar de uso de monitoramento eletrônico. Edwiges tem 5 dias para comparecer para instalação da tornozeleira.

Caso isso não aconteça, a situação é considerada descumprimento de medida cautelar e pode levar a um decreto de prisão preventiva, com comunicação inclusive a autoridades internacionais para que o mandado seja cumprido. 

Outros integrantes do grupo neonazista condenados

Os sete integrantes do grupo que foram condenados pelos crimes de associação criminosa e racismo no julgamento de 2019 são: 

  • Bruno Paese Fadel – 1 ano, seis meses e 22 dias de prisão
  • Drahomiro Michel Carvalho –  2 anos, 10 meses e 15 dias de prisão
  • Estela Herman Heise – 1 ano, seis meses e 22 dias de reclusão
  • Fernanda Kelly Sens – 2 anos, 10 meses e 15 dias de prisão

Os outros três também foram sentenciados pelo crime de lesão corporal gravíssima: 

  • Raul Astutte Filho – 6 anos, seis meses e sete dias de reclusão
  • Anderson Marondes de Souza – 7 anos e dois meses de prisão
  • André Lipnharski – 8 anos, seis meses e 15 dias de prisão

Reportagem: Amanda Yargas

Avatar

amanda.yargas

Parte do Paraná pode ter tempestade nesta sexta, alerta Inmet

Parte do Paraná pode ter tempestade nesta sexta, alerta Inmet

Chuvas devem atingir região sul e oeste. Curitiba deve ter tempo seco, segundo Simepar

Curitiba espera mais de 120 mil fiéis no Corpus Christi

Curitiba espera mais de 120 mil fiéis no Corpus Christi

Programação foi apresentada nesta quinta-feira (02)

Aplicativo ajuda motoristas na hora de escolher combustível para abastecer

Aplicativo ajuda motoristas na hora de escolher combustível para abastecer

São diversas funcionalidades na ferramenta para garantir agilidade e informação na hora do abastecimento