Agosto teve chuvas abaixo da média em várias regiões do Paraná. Isso é o que aponta um levantamento feito pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), em nove estações meteorológicas do Estado.

Em setores mais ao Norte, Oeste, parte do Centro e no Sul do Estado a falta de chuva foi mais significativa. A maior redução no volume foi na região Norte. O acumulado no mês na estação de Londrina foi de apenas 17 milímetros, 71% a menos do que a média para agosto. A estação de Cascavel, no oeste, ficou 66% abaixo da média histórica, e em Maringá, no norte, houve 65% de prejuízo.

No Sudoeste, onde a situação para o abastecimento é uma das mais críticas, o volume foi cerca de 60% abaixo da média. O diretor-presidente do Simepar, Eduardo Alvim, reforçou que a estiagem é uma situação que se acumula em todo o Paraná.

Mesmo em locais onde as chuvas ficaram mais próximas ou acima da média climatológica, as precipitações ainda não foram suficientes para resolver a crise hídrica. É o caso da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral.

Os 104 milímetros acumulados na estação meteorológica de Curitiba em agosto, 26% a mais que a média, foram importantes para não reduzir ainda mais o nível dos reservatórios que abastecem a Região, mas ainda não há sinais de estabilidade. O volume médio de água nas barragens subiu de 49,7% no início de agosto para 51,9% nesta quinta-feira (02), de acordo com o monitoramento da Sanepar.

A chegada da primavera traz sempre a esperança de mais chuvas. Setembro é um mês de transição para a estação chuvosa. Mas a previsão do Simepar ainda é de neutralidade, já que não são observadas oscilações oceânicas que possam impactar no volume. Há sinais de chuvas pouco abaixo da média no Oeste e Sudoeste e de um volume maior nas cidades próximas a Santa Catarina. No Estado, de modo geral, é possível que o volume fique próximo ao esperado historicamente.

Reportagem: Fernanda Scholze