Apelidado de ‘Tinder da reciclagem, o aplicativo Cataki, que conecta catadores de materiais recicláveis a pessoas e a empresas, já chegou ao Paraná. A plataforma, criada há aproximadamente dois anos, está presente em 495 cidades do país e, no Paraná, tem ajudado na renda de cerca de 100 famílias. Somente em Curitiba são quase 60 trabalhadores.

Patrícia Aparecida Marques Carvalho, 35 anos, atua no segmento há 19 anos e explica por que ela e o marido decidiram aderir à novidade.

Em todo o Brasil, o número de catadores cadastrados no aplicativo passa de 2,8 mil e são mais de 150 mil downloads. A iniciativa, que não tem fins lucrativos, permite que a pessoa interessada em descartar cadastre as informações e dá um “match” quando um coletor é encontrado nas proximidades.

O Cataki surgiu por iniciativa do grafiteiro e ativista Mundano, num contexto de insatisfação da população de São Paulo com a coleta seletiva deficiente. A plataforma passa agora por uma fase de melhoria, segundo o coordenador da ferramenta, José Henrique Ruiz, e em breve vai estar ainda mais útil e abrangente.

Ele esclarece ainda que a intenção é melhorar ainda mais a renda das pessoas cadastradas, com a inserção de novas alternativas de serviço na plataforma.

A Patrícia, que você ouviu no início da reportagem, conta que o sonho dela é ter uma Curitiba mais limpa e ainda mais consciente em relação à importância da preservação ambiental.

Entre os estados brasileiros, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os que mais participam da plataforma. O Paraná aparece na quarta colocação.

No início do ano passado, o Cataki venceu um prêmio global de inovação promovido pelo Netexplo, um observatório independente de estudos sobre o impacto de tecnologias na sociedade e nos negócios, em parceria com a Unesco. Ao todo, dois mil projetos foram avaliados, e o aplicativo brasileiro ficou com o 1º lugar. A ferramenta pode ser baixada gratuitamente tanto na Apple Store quanto na Google Play.

Reportagem: Daiane Andrade