Após dois anos, menino conhece seu doador de medula óssea
O encontro entre Felipe, de três anos, e Rafael aconteceu neste mês em Curitiba
A doação de órgãos, de sangue e de medula óssea é uma decisão que transforma vidas. Para muitos pacientes, o transplante é o tratamento que representa o recomeço. É o caso de Felipe Sartor de Oliveira, que com um ano foi diagnosticado com um tipo raro de leucemia (LMMJ).
Como ele não tinha doador de medula compatível na família, a criança entrou na fila do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea em março de 2021. Em dois meses, a tão esperada ligação foi recebida por Jéssica Sartor, a mãe de Felipe.
O brasileiro escolhido foi Rafael de Oliveira, morador de Taubaté (SP). O motoboy conta que recebeu a ligação do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) durante uma entrega.
Depois da ligação, novos exames foram realizados para confirmar a compatibilidade entre receptor e doador. Depois de alguns dias, em junho, Rafael veio para Curitiba realizar o procedimento – que foi um sucesso. Jéssica relembra todo o processo com alívio e esperança.
Mesmo sem conhecer o doador, a família agradeceu o doador por tomar essa decisão. Segundo o Redome, doador e receptor só podem se conhecer depois de 18 meses, se ambos concordarem. E o encontro tão esperado aconteceu neste mês, durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea 2023.
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Rafael viajou novamente para Curitiba e conta como foi conhecer Felipe, de apenas três anos.
Fernanda Benini, médica do Hospital Pequeno Príncipe que realiza o acompanhamento do menino, relata a emoção do encontro.
Apesar da pouca idade, Felipe sabe a real importância da doação de medula óssea.
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro no Redome, que é feito em qualquer Hemocentro.
Reportagem: Mirian Villa