A vacinação das gestantes contra o coronavírus com o imunizante da AstraZeneca, distribuída pela Fiocruz, está suspensa de maneira temporária, no Paraná. A orientação foi repassada aos municípios pela Secretaria Estadual da Saúde. Em nota pública, nesta terça-feira (11), a pasta anuncia que acompanha o posicionamento da Anvisa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária tinha orientado a suspensão da campanha com o imunizante da AstraZeneca para as gestantes, depois da morte de uma mulher que tinha recebido a vacina em meio à gravidez, no Rio de Janeiro. Nesta terça-feira (11), o Ministério da Saúde confirmou a suspensão.

De acordo com especialistas do comitê do Programa Nacional de Imunizações, o caso está em investigação. O diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, Jorge Kalil, reforça que ainda não foi confirmada se a causa da morte da gestante está relacionada à vacina da AstraZeneca.

O comitê de especialistas do Programa Nacional de Imunizações orientou que a campanha fosse estendida, para gestantes e mães de recém-nascidos, diante do aumento do número de mortes pela Covid-19 dentro deste grupo.

O secretário de atenção primária à Saúde, Raphael Parente, ressalta que, na análise do cenário epidemiológico, os benefícios da vacinação superavam os riscos.

Ainda não está definido o protocolo para o caso das gestantes e mães de recém-nascidos que tenham tomado a primeira dose. Até a publicação da nota técnica, o reforço também está suspenso. O documento do Programa Nacional de Imunizações deve ser divulgado até o final da semana.

A Secretaria Estadual afirma que os serviços de saúde devem monitorar qualquer reação adversa das gestantes que já foram vacinadas, no Paraná. As doses da Coronavac e da Pfizer estão autorizadas pelo Ministério apenas nos casos de mulheres com comorbidades. Caso contrário, elas não devem ser imunizadas.

Reportagem: Cleverson Bravo