Chega ao fim, após quase sete anos, a Lava Jato no Paraná. A força-tarefa com dedicação exclusiva não foi renovada pela Procuradoria-Geral da República, que decidiu repassar quatro procuradores ex-integrantes do grupo para o Gaeco do Ministério Público Federal, com mandatos até agosto de 2022.

Desta forma, as investigações em aberto continuam em andamento, mas agora sob a tutela do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado. Dentro da nova estrutura organizacional, o Gaeco do Paraná agora conta com nove membros, dos quais quatro se dedicam às apurações relacionadas ao esquema bilionário de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato desde 2014. A mudança aconteceu na segunda-feira (1º) e foi divulgada hoje (3).

De acordo com o MPF, com o repasse de ex-integrantes da força-tarefa para o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado, as investigações serão mantidas, pelo menos, até o segundo semestre do ano que vem. No entanto, o modo de operação muda, não existindo mais uma equipe dedicada exclusivamente aos desdobramentos da investigação que descobriu um esquema bilionário de corrupção na Petrobras.

A Lava Jato iniciou em março de 2014, e um ano depois criou-se a força-tarefa. De lá para cá, foram 79 fases, que resultaram em 130 denúncias contra 533 acusados. Até o momento, a operação resultou em 278 condenações contra 174 pessoas diferentes. Os 209 acordos de delação premiada e 17 acordos de leniência levaram à devolução de 4 bilhões e 300 milhões de reais para a Petrobras, a principal vítima das fraudes.

Reportagem: Angelo Sfair