Aras classifica Lava Jato de Curitiba como “caixa de segredos”
O procurador-geral da República, Augusto Aras, chamou a Força-Tarefa Lava Jato de Curitiba de ‘caixa de segredos’. O chefe do Ministério Público Federal participou de uma conferência online, na noite desta terça-feira (28), e defendeu a transparência da instituição. Aras lembrou o movimento recente da PGR, para buscar informações junto às Forças-Tarefas pelo país.
O procurador-geral da República disse que a Lava Jato de Curitiba concentra, sozinha, quase dez vezes mais dados do que o Ministério Público Federal inteiro.
A conferência foi promovida pelo Grupo Prerrogativas. Aras voltou a defender a necessidade do compartilhamento de informações das Forças-Tarefas com a PGR. Sobre os dados armazenados a respeito de 38 mil pessoas, o procurador-geral da República afirmou que falta transparência para a Lava Jato de Curitiba.
Ao longo do último mês, aumentou o atrito entre a Lava Jato de Curitiba e a Procuradoria-Geral da República. Em junho, uma das auxiliares mais próximas de Aras veio à capital paranaense e foi acusada de copiar dados sigilosos.
O chefe do Ministério Público Federal não foi escolhido dentro da lista tríplice, elaborada pelos procuradores, o que era uma praxe até então. O nome de Aras foi uma indicação direta do presidente Jair Bolsonaro.
Reportagem: Cleverson Bravo