Atendimentos relacionados a hipertensão crescem 500% no Paraná
A prevalência da condição na população paranaense é de quase 23%
O número de atendimentos para pacientes hipertensos aumentou mais de 500% no Paraná, em cinco anos.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), entre 2019 e 2023 o número passou de 868 mil para mais de 4,5 milhões de atendimentos. Além disso, a prevalência da doença na população paranaense passou de 21% em 2013 para quase 23% em 2019.
A nutricionista Jhenevieve Cruvinel explica que a hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma condição clínica multifatorial e na maior parte do curso assintomática e silenciosa.
Entre os principais fatores de risco para a hipertensão arterial estão os hábitos alimentares (muito consumo de sal), sobrepeso e obesidade, sedentarismo, tabagismo, álcool e, em alguns casos, os fatores genéticos.
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Além disso, ainda é o principal fator de risco para Doenças Cardiovasculares (DCV), infarto agudo do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença renal crônica e morte prematura.
Entre as principais recomendações para evitar a pressão alta está a redução do consumo de sal na alimentação, o que significa ingerir menos alimentos processados e industrializados; a prática de atividade física regular; evitar o consumo de álcool; e não fumar.
Além disso, a nutricionista alerta que o autocuidado é uma estratégia fundamental para o tratamento, além de promover qualidade de vida e bem-estar.
No Brasil, de acordo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, a mais recente divulgada pelo Ministério da Saúde, a hipertensão arterial atinge 24% dos brasileiros, sendo mais frequente entre mulheres (26,4%) do que nos homens (21,1%).
A prevalência tende a ser maior com o aumento da idade, com 52,5% entre pessoas acima de 60 anos e 62% entre indivíduos com 75 anos ou mais.
Reportagem: Leonardo Gomes.